Um exemplo na história

A história deixou-nos indícios do que nos poderá acontecer caso não se opte por um modelo de desenvolvimento sustentável. Vejamos o caso da ilha de Páscoa que nos mostra que a sustentabilidade de uma civilização depende, simultaneamente, da capacidade de providenciar energia, alimentos e outros bens a uma população, que aumenta rapidamente, sem comprometer os recursos a longo prazo. Nesta ilha verificou-se um declínio drástico da população. Umas das teorias sobre as causas deste fenómeno foram atribuídas ao esgotamento das capacidades do ecossistema local: as florestas foram usadas até o seu desaparecimento, para a agricultura, mas também para o auxílio à deslocação dos rochedos gigantes usados na construção das moai. Investigações recentes apontam que a destruição da flora local, associada à sobrepopulação, resultou no esgotamento e na erosão dos solos, na escassez de alimentos e, levando a atos de canibalismo e à destruição da sociedade. Com isto perdeu-se uma cultura única ainda reconhecida pelas suas famosas e imponentes estátuas de pedra. Valerá a pena colocar em causa a nossa cultura e tudo o que alcançamos a nível social e económico em prol do consumismo exagerado e desprovido de sensibilidade social e ambiental?