A história deixou-nos indícios do que nos poderá acontecer caso não se opte por um modelo de desenvolvimento sustentável. Vejamos o caso da ilha de Páscoa que nos mostra que a sustentabilidade de uma civilização depende, simultaneamente, da capacidade de providenciar energia, alimentos e outros bens a uma população, que aumenta rapidamente, sem comprometer os recursos a longo prazo. Nesta ilha verificou-se um declínio drástico da população. Umas das teorias sobre as causas deste fenómeno foram atribuídas ao esgotamento das capacidades do ecossistema local: as florestas foram usadas até o seu desaparecimento, para a agricultura, mas também para o auxílio à deslocação dos rochedos gigantes usados na construção das moai. Investigações recentes apontam que a destruição da flora local, associada à sobrepopulação, resultou no esgotamento e na erosão dos solos, na escassez de alimentos e, levando a atos de canibalismo e à destruição da sociedade. Com isto perdeu-se uma cultura única ainda reconhecida pelas suas famosas e imponentes estátuas de pedra. Valerá a pena colocar em causa a nossa cultura e tudo o que alcançamos a nível social e económico em prol do consumismo exagerado e desprovido de sensibilidade social e ambiental?

O conceito de desenvolvimento sustentável é, normalmente, definido como o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual sem comprometer as gerações futuras. Esta música "Earth Song" nunca foi lançada como single nos Estados Unidos da América, um dos maiores poluidores do planeta e desrespeitadores do desenvolvimento sustentável em detrimento da sua economia, apela à consciencialização para o futuro de todos nós… (…e como ficamos nós? diz o refrão).

Podemos ainda surpreender alguns, mas somos como qualquer outra espécie que habita este grande planeta... isto é temos funções básicas, a principal delas é obtermos alimentos suficientes para garantirmos a nossa sobrevivência. Até aí tudo bem, mas vejamos esta campanha no nosso país irmão... o Brasil.

Não estará em causa a coesão social? enquanto uns comem e estragam, fazendo com que os preços dos alimentos aumente, outros são engulidos para uma pobreza profunda. A pressão na produção dos bens alimentares exerce nas terras de cultivo, um desgaste incalculável... Vamos ser sustentáveis... reduzam o consumo!

A música a favor do desenvolvimento sustentável.

Uma notícia que nos devia fazer refletir sobre o consumo e o mal que podemos causar.

"... Depois de aumentar durante seis meses consecutivos, o índice da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação subiu quase 4,2% no último mês do ano, alcançando 214,7 pontos, o valor mais alto desde o início das medições, em 1990, e bem acima dos níveis atingidos durante o Verão de 2008, que resultaram numa crise alimentar em diversos países, com protestos e vítimas mortais. Segundo o relatório, a subida de Dezembro foi provocada pelo aumento da carne, açúcar e cereais (motivado pelas más colheitas do trigo), valendo o facto de o preço do arroz, um dos cereais mais importantes da alimentação mundial, se manter estável.
A FAO acredita que os países mais pobres terão de pagar mais 11% para importar alimentos, mas o aumento vai atingir também as economias desenvolvidas. Para já, a subida de preços está a reflectir-se no índice de inflação para valores superiores ao desejado pelo Banco Central Europeu (BCE).
Para Portugal, o cenário é considerado "muito preocupante", de acordo com a secretária-geral adjunta da Confederação Nacional de Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri), Maria Antónia Figueiredo, que considera Portugal muito vulnerável à oscilação de preços por ser demasiado dependente do exterior...".

in https://www.dn.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1756913&page=-1

Vamos pensar se o que consumimos é mesmo necessário... será que não desperdiçamos muitos alimentos... e desde modo aumenta a procura e os preços, fazendo com que os mais pobres não tenham capacidade financeira de poder comprar os alimentos.

Fonte

A concentração da população nas cidades exige novas soluções tecnológicas e arquitetónicas para um desenvolvimento sustentável na energia, água ou mobilidade, trabalho que deve avançar apesar das dificuldades da crise, defendeu hoje um especialista.

"A crise económica vem gerar um problema imediato, que não deve impedir-nos de trabalhar no que é igualmente importante, embora de mais longo prazo", ou seja, o desenvolvimento sustentável e inteligente das cidades, afirmou hoje o presidente do presidente do Foro Soria 21, Amálio de Marichalar.

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